sábado, 22 de janeiro de 2011

Sobre sintonia e vida

Posso dizer que 2010 foi um ano difícil, não apenas pelos inúmeros fatos que por si deixariam o ano complexo e complicado, mas por ter que aprender a lidar com cada fato e construir bases sólidas para o futuro com tais fatos.

Passei um ano limpando um coração e uma mente cansados, que estavam desesperados por compreensão, perdão e uma limpeza extrema para recomeçar.

E comecei essa limpeza dando um tiro no escuro, ao sair de um estágio considerado bom, mas que no fundo não me fazia bem por mais que eu gostasse das pessoas.
Dei um segundo tiro no escuro ao falar para um pessoa tudo que eu precisava dizer, abri meu coração de um jeito tão verdadeiro e intenso que foi devastador ter que enxergar o que eu já via mas não dava importância, que toda verdade que havia em meu sentimento não era recíproca. 

E por mais paradoxal que pareça, tive que morrer um pouco para sobreviver.
Por um tempo, o barulho mais ensurdecedor foi o silêncio e as lágrimas eram mais do que um válvula de escape, eram um redenção silenciosa e resignada à toda verdade.

Engraçado ter que sentir essas coisas para dar ainda mais valor a nós mesmos e ter que transformar sentimentos ruins em motivação, em coragem, em fé.
Uma pessoa muito esclarecida me falou, tanto tempo depois, que a raiva não é de toda ruim, é ela que te faz ter força para levantar em um dia chuvoso e sair da cama para ir à faculdade enfrentar aulas e pessoas.

E entre tantas coisas, pensamentos, sensações, fui descobrindo como é maravilhoso viver sem aquilo que faz mal.
Como a vida pode ser fantástica quando se tirar coisas e pessoas que apenas estão ao seu lado por interesses passageiros e não para colaborar e vivê-la ao seu lado por nada além da satisfação de estar ali.

Me perdoei por parecer boba e por ser ingênua e por acreditar no melhor das pessoas pois isso não deve ser um peso, uma culpa, mas é uma coisa boa.
E hoje estou aqui, feliz, tranquila, coração limpo, mente em paz por ser quem sou, estar onde estou e poder recomeçar, por ter sobrevivido e aprendido que lutar é algo diário, que amar é fundamental e que viver é extraordinário... 

E feliz por sentir toda sintonia, quase perdida há algum tempo, estar presente e marcante, como nunca deveria deixar ser.






Nenhum comentário:

Postar um comentário