quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sobre o inexplicável

Existem infinitos sentimentos inesperados.
Bons, ruins, mas por uma razão que por vezes supera o caminho do óbvio, do lógico, do racional, tais sentimentos nos transformam um pouco.

Não sei se posso dar nome a um sentimento que no momento mais parece uma mistura sem causa e nexo de busca por algo sem nome e pessoa sem cor.

Por vezes é só cansaço, quem sabe uma desistência?
Talvez delírio, talvez realidade, talvez aquele medo, talvez uma verdade.

Pedrinhas de gelo na chuva, gota d'água no deserto, grão de areia no mar... tão paradoxal, tão pequeno comparado ao infinito.

"- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…


No dia seguinte o principezinho voltou.


- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração…"

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